MASTOLOGIA

Entenda mais sobre o câncer de mama

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• Mastologia - Câncer de mama

As informações contidas nesta página são orientações gerais. Elas nunca devem substituir as especificações feitas pelo médico para o seu caso

 

• O que causa o câncer de mama?

Ainda não temos conhecimento de todos os fatores que causam o câncer de mama; por esse motivo, as estratégias atuais de tratamento dessa doença visam à sua erradicação cirúrgica em uma fase inicial de desenvolvimento. Alguns fatores, chamados prognósticos, estão envolvidos com a maior probabilidade do desenvolvimento desse tipo de câncer, por exemplo: idade acima de 40 anos, primeira gravidez e menopausa tardias, primeira menstruação precoce, antecedente pessoal de câncer, antecedentes familiares de primeiro grau (mãe, irmã e filha) de câncer de mama.

 

• Como se detecta o câncer de mama?

O único método que permite o diagnóstico precoce do câncer de mama é o exame mamográfico. Por meio desse método, podemos identificar tumores mamários mesmo antes de serem detectáveis clinicamente. Embora o exame mamográfico seja o melhor método para detectar precocemente a doença, ele pode não evidenciar um câncer presente, particularmente se as mamas forem densas, ou poderá demonstrar áreas suspeitas que podem não corresponder ao câncer. Nesses casos, para melhorar a acuidade diagnóstica, pode-se associar outros exames, como a ultra-sonografia, a ressonância magnética e as punções percutâneas, que melhoram as chances diagnósticas pré-terapêuticas.

Toda mulher deve realizar mensalmente o auto-exame. Aquelas que menstruam devem fazê-lo na semana seguinte ao término da menstruação, enquanto as menopáusicas o farão em uma data determinada de cada mês. Esse procedimento é muito importante, não para se obter o diagnóstico precoce, mas para a conscientização do problema e para que a paciente perceba mais precocemente eventuais alterações existentes em sua mama e possa esclarecê-las com o mastologista.

 

Como são reconhecidos os sintomas do câncer de mama?

Embora a dor seja o sintoma mais freqüente dentre aqueles que acometem as glândulas mamárias, ela raramente está relacionada com o câncer, e sim com a ação hormonal no parênquima mamário ou menos freqüentemente como resultado de causas extramamárias, como: alterações ortopédicas, neurológicas, musculares, endócrinas ou inflamatórias.

Os sintomas de alerta são os seguintes: nódulos ou espessamentos nas áreas das mamas e/ou axilas, mudança no tamanho e formato das mamas, aparecimento de retrações na pele e no complexo aréolo-papilar, abaulamento ou modificações do aspecto da pele e secreções papilares espontâneas.

É importante ressaltar que, embora esses sintomas sejam considerados de alerta, eles não são necessariamente indicadores da existência do câncer, podendo decorrer de patologias benignas.

 

• Quando e como é feita a confirmação diagnóstica?

As pacientes sintomáticas ou aquelas que apresentam alterações nos exames clínicos de rotina deverão ser submetidas a exames complementares, com o objetivo de se estabelecer o diagnóstico. A tríade clássica utilizada para o diagnóstico compreende os seguintes exames: clínico, mamografia e ultra-sonografia. Outros exames, em situações especiais, podem ser utilizados, como ressonância magnética e cintilografia mamária.

A certeza diagnóstica será obtida por meio das punções percutâneas com agulhas finas ou grossas (mamotomia ou core biopsy), nos casos de microcalcificações, nódulos subclínicos e palpáveis, ou ainda por meio de biópsias cirúrgicas.

 

• Como é feito o planejamento terapêutico?

O câncer de mama pode ser tratado com procedimentos locais e/ou sistêmicos. Os tratamentos locais (cirurgia e radioterapia) são utilizados para remover ou destruir as células cancerosas localizadas na mama e na região axilar, mas podem ser utilizados também para controlar situações especiais como doença metastática (ex.: ossos e pulmão). Os tratamentos sistêmicos (quimioterapia e hormonioterapia) são utilizados para destruir ou controlar as células neoplásicas que deixaram o tumor primário e estão circulando na corrente sanguínea ou já se instalaram em outros órgãos. Em razão de o tratamento do câncer de mama haver se tornado individualizado e multidisciplinar, é fundamental que o relacionamento médico/paciente seja franco e claro, para que se estabeleça o melhor planejamento terapêutico possível, pois tanto as cirurgias conservadoras, assim como as reparadoras tornaram-se opções obrigatórias para grande parte dos casos.

 

• O câncer de mama pode ser prevenido?

Infelizmente não há como prevenir o câncer de mama. O que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença, possibilitando aumentarem as chances de cura da paciente.

 

• O câncer de mama tem cura?

Sim. As chances de cura do câncer de mama podem chegar até a 100% dos casos, se detectados na fase inicial. Quanto mais cedo ele for diagnosticado, melhores serão os resultados.

 

• O auto-exame é um método diagnóstico?

Não. Ele pode indicar alterações na mama e muitas vezes é o alerta para que as pacientes procurem pelo atendimento médico, mas o auto-exame não substitui a mamografia e nem a consulta ao mastologista.

 

Quando deve ser realizado o auto-exame?

O auto-exame deve ser realizado mensalmente, logo após o período menstrual. Caso a mulher note qualquer alteração nas mamas, deverá procurar o médico imediatamente. As mulheres que não menstruam devem eleger um dia no mês para fazer o auto-exame.

 

• O câncer de mama é hereditário?

Nem todas as mulheres que desenvolvem câncer de mama têm registros pregressos na família, mas aquelas cujas mães e irmãs já tiveram a doença devem ficar atentas. O risco deve ser considerado ainda quando avós, tias e primas maternas tiveram câncer de mama.

 

O que é hiperplasia?

Hiperplasia é o aumento ordenado do número de células em um tecido ou órgão.

 

• A existência de hiperplasia pode indicar riscos de desenvolver câncer de mama?

Sim. As pacientes com hiperplasia apresentam riscos ampliados de desenvolver câncer de mama, mesmo sem registro de caso familiar pregresso.

 

A ingestão de hormônios durante a menopausa pode acelerar o desenvolvimento do câncer de mama?

Esse tema é bastante debatido na comunidade médica mundial, mas estudos científicos comprovaram que a ingestão de hormônios pode sim provocar câncer de mama em algumas mulheres. Para isso, é importante que o tratamento adequado seja discutido com o médico, que irá avaliar as necessidades da paciente e os benefícios ou malefícios dessa terapia no seu caso.

 

A partir de que idade as mulheres devem procurar o mastologista?

A partir dos 30 anos ou desde o início de sua vida sexual.

 

Qual é a periodicidade necessária para os exames de rotina?

As mulheres devem visitar o mastologista uma vez por ano, para a realização dos exames de rotina compatíveis com a idade. Vale lembrar que mesmo aquelas não possuem vida sexual ativa devem seguir esses critérios.

Entre os 35 e 40 anos deverá ser feita a primeira mamografia, que servirá de base para avaliar as condições da mama e possibilitar exames comparativos futuros. Dos 40 aos 50 anos, a freqüência da mamografia deverá ser determinada pelo médico, de acordo com a inclusão da paciente no grupo de risco e/ou com as características da mama. Após os 50 anos, todas as mulheres devem se submeter ao exame de mamografia anualmente.

 

Como é o tratamento do câncer de mama?

O tratamento do câncer de mama é personalizado, ou seja, para cada estágio do tumor é adotada uma conduta clínica. Os tipos de tratamento são os seguintes: cirúrgico, quimioterápico, radioterápico e hormonal, que podem ser usados isoladamente ou associados.

 

Quais os tipos de cirurgias existentes?

Os principais tipos de cirurgias existentes são:

- Mastectomia radical: consiste na retirada total da mama junto com o estudo dos gânglios da axila.

- Mastectomia simples: consiste na retirada total da mama.

- Setorectomia: consiste na retirada do tumor com tecido ao redor livre do envolvimento tumoral, junto com o estudo dos gânglios da axila.

- Variantes: outras técnicas variantes das cirurgias descritas acima podem ser necessárias, em função das condições locais.

 

Por que a paciente com câncer de mama é submetida à quimioterapia?

A quimioterapia é o tratamento dos tumores por meio de medicamentos. Esse tipo de tratamento pode ser feito via oral (comprimidos) ou através de medicações injetadas na veia. O tratamento pode ser feito no ambulatório ou com o paciente internado, dependendo de cada caso. Os medicamentos utilizados e a duração do tratamento variam de acordo com a doença e a reação do paciente à quimioterapia.

 

Quando e por que a radioterapia é empregada no tratamento das pacientes com câncer de mama?

A radioterapia no câncer de mama é um tratamento local que pode ser utilizado de várias maneiras: antes da cirurgia, para melhorar as condições cirúrgicas; após a cirurgia, como complemento ao tratamento local; e nos casos de retorno da doença, em locais determinados. O plano e a duração da radioterapia variam de acordo com a situação de cada paciente.

 

• O que é hormonioterapia?

É um tratamento que visa a impedir ou retardar o crescimento das células neoplásicas. É utilizado como complemento da cirurgia em pacientes cujas células tumorais se mostram sensíveis à ação dos hormônios (receptores hormonais positivos). Esse tratamento pode ser empregado em pacientes com câncer localmente avançado, quando a doença é recidiva ou até para diminuir a chance de aparecimento de outros tumores na mesma mama (tratamento conservador) ou na outra mama. A utilização dessa medicação se faz por períodos prolongados (cinco anos), com poucos efeitos colaterais.

 

A mamografia é o único exame confiável para detectar o câncer de mama?

A mamografia é o principal método diagnóstico para detectar o câncer de mama, pois permite a observação de alterações pré-clínicas em fase não detectada pelo auto-exame e pelo exame de palpação por médico especialista.

 

Por que devemos consultar um mastologista para realizar os exames de rotina da mama?

O mastologista é o médico especialista em mama. Por isso, ele está mais treinado para orientar a maneira adequada para detectar lesões iniciais que podem passar despercebidas por outros especialistas.

 

Quais são as principais causas do câncer de mama?

O câncer de mama pode ser hereditário e também ser conseqüência de hábitos de vida (fumo, ingestão de álcool, exposição a produtos químicos, etc.). Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do País, estão ligados ao estilo de vida da mulher moderna: primeira gestação e conseqüente amamentação após os 30 anos; ausência de amamentação aos seus filhos; e condições ambientais.

 

• Homem também tem câncer de mama?

Sim, embora apenas 1% dos casos de câncer de mama ocorra em homens.

 

Fonte: http://www.ibcc.org.br

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